Memorial Imigração Judaica

     A história de dona Alejandrina é uma imensa mescla de nacionalidades. Nascida no Marrocos, ela virou cidadã espanhola, e foi assim que conseguiu chegar ao Brasil. Seu pai nasceu na Tunísia e depois foi viver no Marrocos. Porém, como o avô tinha um alto cargo no governo espanhol, toda a família possui essa cidadania.

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Foto de Alejandrina1956 

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        Alejandrina nasceu no final da Primeira Guerra, em 1918, em Alcácer-Quibir, uma pequena cidade do Marrocos. Ali sua família viveu até o final da Guerra Civil Espanhola, em 1939, quando se mudaram para Tanger. Ela conta que após os massacres da Guerra Civil Espanhola, o governo de Franco tinha uma carência muito grande de pessoas capazes de assumir postos importantes na República da Espanha. Então ela foi a Madrid prestar concursos para cargos públicos e conseguiu um posto administrativo da Espanha no Marrocos.

       A adaptação no Brasil não foi fácil. O marido dela perdeu dinheiro com os primeiros negócios que aqui fez, até se ajustar à nova cultura e aos novos hábitos.Foram morar na Avenida Paulista, mas costumavam se encontrar com amigos marroquinos do Bom Retiro, principalmente nas Mimonas (festa típica marroquina realizada no final de Pessach). Desde os primeiros dias no Brasil frequentaram a sinagoga da Abolição, onde até hoje a família participa dos cultos judaicos, e ela tem orgulho de dizer que colabora com a manutenção. Apesar das dificuldades que seu marido teve em se adaptar no Brasil, ela diz que vir para cá foi uma felicidade muito grande, é um país livre para todas as religiões. Aqui realizou seu sonho, que era ver os filhos na universidade.

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Para saber mais sobre a história de dona Alejandrina Sicsu e outros imigrantes, consulte o livro 200 Anos de Imigração Judaica no Mediterrâneo, de Marcio Pitliuk, Editora Maayanot.

Logos

© 2018. Memorial da Imigração Judaica. 

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