Gregório Iochpe nasceu em Celnik, pequeno vilarejo próximo a Pinsk, na Bielo-Rússia, ou Rússia Branca, em 10 de agosto de 1883. A família pertencia à comunidade judaica local, cuja vida política, jurídica e cultural estava centralizada nos estudos talmúdicos, possuindo uma estrutura comunitária autônoma. Aos 25 anos, em 1908, Gregório casou-se em Pinsk com Maria Vinik, 5 anos mais nova. Logo no ano seguinte nasceu o primeiro filho do casal, Moysés.
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No começo do século, Gregório resolveu imigrar para a América Latina. No ano de 1909, chegou à Argentina, dirigindo-se à colônia "Moses Ville". Já no Brasil, no ano de 1913, mandou buscar sua família, esposa e filhos.
\r\nA região onde se encontrava a colônia de Quatro Irmãos possuía densas matas de pinheiros e outras árvores de madeira nobre. Gregório tinha experiência e conhecimento no ramo da madeira e decidiu investir neste ramo.
Chegando à colônia de Quatro Irmãos, Gregório recebeu um lote de terra onde imediatamente propôs-se a instalar uma serraria. A direção da ICA (Jewish Colonization Association) na colônia comunicou ao escritório central, em Paris, a iniciativa de Gregório, e seu projeto foi aceito.
\r\nEm meio aos 150 hectares recebidos, passava o rio do Padre, largo mas com pouca profundidade. Construiu uma barragem com um canal para o bom aproveitamento da água, e para este empreendimento foram contratados colonos.
\r\nNa colônia de Quatro Irmãos, a instrução escolar era de nível primário. Os colonos com nível aquisitivo melhor enviavam os filhos aos centros urbanos para os estudos superiores, inexistentes na colônia. Não fugindo à regra, o Sr. Gregório enviou os filhos para centros maiores para complementar os seus estudos.
\r\nPara saber mais sobre a história de Gregório Iochpe e outros imigrantes, consulte o livro Memórias da Colônia de Quatro Irmãos, de Marcos Feldman, com prefácio de Maria Luiza Tucci Carneiro, Editora Maayanot.